“Acabou o tempo em que apostar numa partida do campeonato português se resumia, praticamente, à escolha do “1X2” para o resultado. E acabou também o tempo em que os vaticínios nas apostas desportivas se confinavam a uma única modalidade: o futebol. A partir de 9 de Setembro, em todos os mediadores da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), os jogadores terão ao dispor um novo desafio: as “apostas desportivas à cota de base territorial”. Isto é: são feitas em “estabelecimentos físicos que exigem a presença do jogador” (ao contrário do jogo online), como é o caso das papelarias, tabacarias, cafés, quiosques e outros pontos onde hoje se registam o Euromilhões ou o Totoloto.
Equipa que marca o primeiro golo ou ponto; previsão do número de golos ou pontos de uma partida; resultado ao intervalo e no final; golos, ou pontos, por período de jogo.
Num primeiro momento, os palpites podem ser dados unicamente sobre futebol, basquetebol e ténis. Os eventos desportivos serão de competições nacionais (portuguesas e de outros países) e internacionais. Râguebi, desportos motorizados e voleibol, entre outras modalidades não especificadas, serão também no futuro objeto de apostas, segundo se conclui do regulamento, publicado em “Diário da República”.
A oferta do novo jogo social do Estado — cujo nome a Santa Casa só quer divulgar no próximo mês, quando ocorrer a apresentação pública — “será feita em várias fases”, salienta Fernando Paes Afonso, vice-provedor da SCML, que se recusa, no entanto, a dar mais pormenores.
Para justificar o “gradualismo na disponibilização da oferta” — “tanto no número de modalidades como no tipo de apostas” — Paes Afonso explica: “Precisamos de aprender como se comporta o apostador; trata-se de um jogo completamente novo, que requer um acompanhamento específico.”
É uma “curva de aprendizagem”, como lhe chama o responsável da SCML. E que funciona em dois sentidos: “O apostador também vai perceber o que lhe interessa mais.”
Agora, a Santa Casa pretende dar novo fôlego às apostas desportivas. As receitas destas caíram a pique, com o declínio inexorável do Totobola e o êxito de outros jogos. Agora dá-se uma mudança de paradigma. Com efeito, o Totobola é um concurso de apostas mútuas desportivas, em que os jogadores apostam entre si. O prémio depende do contributo dos vários apostadores, que não sabem à partida quanto vão ganhar (ou se vão ganhar).
O despertar de especialistas
Já no novo jogo social, o apostador sabe quanto pode ganhar. Basta para isso acertar no resultado ou em outra situação do evento desportivo sujeito a prognóstico. E ganha mais quanto o seu conhecimento especializado de uma modalidade, ou a sua intuição, contrariar a probabilidade atribuída pelo organizador (a Santa Casa) a determinada ocorrência numa prova. No fundo, o apostador não ‘compete’ com o resultado de um desafio — mas com a previsão da Santa Casa relativamente à evolução e desfecho desse jogo.
Fernando Paes Afonso crê que “vão voltar” os jogadores que “gostam de apostas desportivas”. E admite mesmo que se possa “reganhar o interesse pelo Totobola”, à semelhança do que sucedeu noutros países.
A dez dias do arranque da aposta — cujo direito de exploração o Estado atribuiu em regime de exclusividade à SCML —, parte significativa do jogo ainda está por mostrar. Por exemplo, as previsões de receita da iniciativa, lançada num ano que sorri à instituição liderada por Pedro Santana: as vendas brutas da Santa Casa no primeiro semestre passaram os mil milhões de euros e o ano (sem contar com a novidade) deverá fechar com receitas acima dos dois mil milhões, um recorde.
Estando o véu por desvendar, apenas se sabe que o layout do boletim será em tudo semelhante aos de outros jogos. Mas com mais colunas e barras, e logo um maior número de campos para colocar cruzinhas. Mais complexo. Pela lógica do jogo, e pelas informações constantes do regulamento, obrigará a um preenchimento mais meticuloso e demorado. Especialmente se a aposta for combinada ou múltipla.
Após a validação da aposta, o terminal emite um recibo, no qual são quantificados os ganhos máximos possíveis. No papelinho que levará no bolso, o jogador terá uma novidade de monta, neste tipo de recibos: o seu NIF. É que sem ele, nenhum palpite poderá ser aceite pelos mediadores da Santa Casa.”
por Jornal Expresso.
Gosto e acho mesmo uma grande surpresa para todos e uma nova era onde eu gostava de também de ser mais um a contribuir para o mesmo sucesso com a possibilidade de ter na minha loja todos os jogos SANTA CASA COM TODOS OS SEUS JOGOS onde todos os dias os clientes mos pedem para ter e com o espaço que temos e com quase 5000 clientes
sem mais
FRANCISCO MAXIMIANO
Eu quero é que a Santa Casa de F***! Enquanto não acabaram com as apostas online não descansaram e agora querem esses mesmo apostadores a apostar nos seus jogos? Dinheiro meu nem um cêntimo. Chulos? Não obrigado!